sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Dia 19 - O melhor amigo - Visitas a Jesus Sacramentado e a Nossa Senhora


Por Santo afonso Maria de Ligório 

     Se é tão agradável estar em companhia de um amigo querido, será possível que nós, neste vale de lágrimas, não sintamos nenhum prazer na companhia do melhor dos amigos, dum amigo que pode encher-nos de todos os bens, de um amigo que nos ama apaixonadamente e que, por isso, quer entreter-se continuamente conosco? Pois bem; aqui, no Santíssimo Sacramento, podemos entreter-nos com Jesus à vontade, abrir-lhe o nosso coração, expor-lhe as nossas necessidades, pedir-lhe graças; numa palavra, neste sacramento adorável, podemos tratar com o Rei do céu com toda a confiança e singeleza.

     Diz a Sagrada Escritura que José do Egito se sentiu sumamente feliz, quando Deus se dignou descer ao cárcere para fortifica-lo com sua graça: “A divina Sabedoria desceu com ele ao fosso, e não o deixou nas cadeias” (Sb13,14). Porém, muito mais felizes somos nós por possuirmos sempre no meio de nós, neste vale de lágrimas, o nosso Deus feito homem, que com tanto amor e compaixão, nos honra continuamente com a sua presença real.

     Quanto consola a um pobre encarcerado o amigo terno que vai entreter-se com ele, e o consola e reanima sua esperança, procura-lhe socorros e esforça-se por aliviá-lo no seu infortúnio!

     Ora, eis aí o que é Jesus Cristo, nosso bom amigo, que do tabernáculo nos faz ouvir estas palavras consoladoras: “Convosco estou todos os dias” (Mt 28,20). Eis-me aqui, diz Ele, todo para vós, vindo do céu à vossa prisão para vos consolar, ajudar e libertar. Acolhei-me, permanecei comigo, uni-vos a mim; deste modo não sentireis as vossas miséria; depois vireis comigo para o meu reino, onde vos farei plenamente felizes.

     Deus, amor incompreensível, visto que quisestes ser tão bom para conosco, a ponto de descerdes do céu aos nossos altares para morardes no meio de nós, proponho-me visitar-vos muitas vezes; quero gozar, quanto possível, da vossa amável presença que faz a felicidade dos bem-aventurados no paraíso.

     Pudesse eu estar sempre diante de vós para adorar-vos e oferecer-vos atos de amor! Despertai a minha alma, eu vo-lo rogo, quando, entorpecido pela tibieza ou absorvido pelos cuidados da terra, me descuidar de visitar-vos.

     Acendei em mim um grande desejo de estar sempre perto de vós neste sacramento. Meu amoroso Jesus, não vos ter eu amado sempre! Não ter procurado sempre agradar-vos! Consolo-me ao pensar que ainda me resta tempo de o fazer não só na outra vida, mas ainda nesta. Quero amar-vos, sim, quero amar-vos verdadeiramente, meu sumo bem, meu tesouro, meu tudo. Quero amar-vos com todas as minhas forças.

 - Meu Deus, ajudai-me a Vos amar.



Vamos a Maria 

     Pecador – diz o piedoso Bernardino de Bustis – não percas a confiança, mas recorre a esta augusta Senhora com a certeza de seres socorrido; achá-la-ás com as mãos cheias de misericórdia e de graças. E fica bem persuadido de que esta piedosíssima Rainha mais deseja fazer-te bem do que tu mesmo obteres a sua assistência”. Senhora minha, eu agradeço incessantemente a Deus o insigne favor que me fez de conhecer-vos. Infeliz de mim, se não vos conhecesse ou de vós me esquecesse; grande perigo correria a minha salvação. Mas, minha Mãe, eu vos bendigo, eu vos amo e tanta confiança tenho em vós, que nas vossas mãos entrego a minha alma.

 - Maria, feliz de quem conhece e em vós confia! 

Fonte: Visitas a Jesus Sacramentado e a Nossa Senhora, de Santo Afonso Maria de Ligório

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