segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Visão do purgatório de Santa Catarina de Gênova



A voz de Jesus se faz sentir no íntimo da minha alma com extrema clareza:

Quero que se ore por estas santas almas do Purgatório, porque o meu Coração divino arde de amor por elas. Desejo vivamente a liberação delas, para uni-las totalmente a mim.

E as penas por quanto terríveis possam ser, são sempre incomparavelmente leves em comparaçao à ofensa infinita que constitui o pecado.

O Purgatório é como uma prisão de luz e de fogo, constituído da Misericórdia divina: a alma deve purgar-se da pena do seu pecado para poder entrar na beatitude eterna.


Visão do Grande purgatório:
Vi com os olhos da alma um fogo que causava horror sem limite nem forma, que queimava sem nunca variar, em um silencio absoluto... Vi neste fogo milhões de pobres almas estreitas uma contra as outras, mas sem que pudessem se comunicar, senão aquele mesmo fogo.

Este grande Purgatório é como o inferno, tirando-se a eternidade das penas e o ódio perante Deus e das outras almas, e a desesperação.

Se não me engano, vi que elas neste estado eram mais purificadas que consoladas, mais queimadas que iluminadas: é um estado terrível.

Visão do Médio Purgatório:
Vi, com os olhos da alma, um mar de fogo abrir-se na minha frente. Ele fazia rumor, imensas chamas claríssimas se reproduzem e se desfazem incessantemente.

E aqui, milhões de almas estendem as mãos, submersas no fogo e nas chamas que se levantam com um força impetuosa.

É como um movimento da alma, um início de caminho através do Céu, mas sem o mínimo desejo pessoal; é como um lançar interior que a leva ou a empurra à Deus. Veem certamente purificadas, através de muito sofrimento, mas também iluminadas, assim as consola e permite a elas de glorificar Deus não somente abandonando-se ao seu Puro Querer, mas assumindo uma quase iniciativa de agradecimento.

Frequentemente, depois do juízo particular, a alma vai no Grande Purgatório; ela fica como tonta e sem forças, porque para ela é a descoberta do pecado, da sua gravidade, dos seus efeitos, das suas implicações.

Neste período a alma é como se fosse paralisada: imóvel, ela contempla seja a justiça de Deus que se exercita nela, seja a Misericórdia de Deus que valeu a faze-la salva.

Depois ela se coloca em movimento em direção a Deus, que a atrai, que a transporta através do seu amor infinito; é aqui que ela passa no Médio Purgatório.

No Médio Purgatorio, a alma se afronta com o Amor, mas contempla este Amor infinito que a atrai. No Médio Purgatorio, a alma sai de si mesma e descobre tudo aquilo que significa a sua participação à Igreja.


Visão da Entrada do Céu:
É como o alto do Purgatório, um mundo de luz ardente e de paz. É o sofrimento do amor levado ao seu paroxismo, um padecimento de amor, o júbilo total, mais suave, unido ao sofrimento pior, o mais devastador.

É o reino do puro amor e do nu sofrimento; as almas seguem através da Jerusalém celeste, se apresentam na frente do Rei.


Elas ficam mais ou menos um longo tempo, mas nunca como no Grande e Médio Purgatório, porque a intensidade dos langores de amor da Entrada constitui uma rápida e ulterior purificação.

Escutei as almas cantarem: Me liberais da morte. Conservais os meus pés do tombo, para que eu caminhe à tua presença na luz dos viventes, oh Deus.


Texto do Tratado sobre o Purgatório, Santa Catarina de Gênova
Créditos: Católicos Tradicionais

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