Sobre a morte de seu irmão, I, 70-71
«Porque choras?» (Jo 20,13)
Chorem, os que não podem ter a esperança da ressurreição; não é a
vontade de Deus que lhes tira essa esperança, mas a dureza daquilo em
que acreditam. Tem de haver uma diferença entre os servos de Cristo e os
pagãos. Eis o que é essa diferença: estes choram os seus pensando-os
mortos para sempre; não podem assim pôr fim às suas lágrimas, não
encontram descanso para a tristeza: [...] enquanto para nós, servos de
Deus, a morte não é o fim da existência mas o fim da nossa vida. Dado
que a nossa existência é restaurada por uma condição melhor, que a
chegada da morte nos varra portanto todos os choros. [...]
Quão maior será a nossa consolação, por acreditarmos que as boas acções que fizermos prometem melhores recompensas depois da morte. Os pagãos têm a sua consolação: para eles a morte é um repouso para todos os males. Como pensam que os seus mortos estão privados de fruir a vida, pensam também que ficam privados de toda a faculdade de sentir e libertos da dor das duras e contínuas tribulações que se sofre nesta vida. Mas nós, assim como devemos ter um espírito mais elevado por causa da recompensa esperada, devemos também suportar melhor a dor graças a essa consolação. [...] Os nossos mortos não foram enviados para longe de nós, mas apenas antes de nós – eles a quem a morte não tragará, mas a quem a eternidade receberá.
Quão maior será a nossa consolação, por acreditarmos que as boas acções que fizermos prometem melhores recompensas depois da morte. Os pagãos têm a sua consolação: para eles a morte é um repouso para todos os males. Como pensam que os seus mortos estão privados de fruir a vida, pensam também que ficam privados de toda a faculdade de sentir e libertos da dor das duras e contínuas tribulações que se sofre nesta vida. Mas nós, assim como devemos ter um espírito mais elevado por causa da recompensa esperada, devemos também suportar melhor a dor graças a essa consolação. [...] Os nossos mortos não foram enviados para longe de nós, mas apenas antes de nós – eles a quem a morte não tragará, mas a quem a eternidade receberá.
Créditos: Evangelho Quotidiano
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