sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Comentário ao Evangelho do dia (07/09) feito por Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja – Sermão 210, 5



«Virão dias em que o Esposo lhes será tirado; então, nesses dias, hão-de jejuar»
Que «estejam cingidos os nossos rins e acesas as nossas lâmpadas»; sejamos
semelhantes «aos homens que esperam o seu senhor ao voltar do seu noivado»
(Lc 12,35). Não sejamos como aqueles ímpios que dizem: «Comamos e bebamos,
que amanhã morreremos» (1Co 15,32). Quanto mais incerto é o dia da nossa
morte, mais dolorosas são as tribulações desta vida; e devemos jejuar e
orar ainda mais porque efectivamente morreremos amanhã. «Dentro em pouco já
Me não vereis e pouco depois voltareis a ver-Me» (Jo 16,16). Agora é o
momento acerca do qual Ele disse: «Chorareis e lamentar-vos-eis; o mundo
alegrar-se-á e vós estareis tristes» (v. 20); é a altura desta vida cheia
de provações em que viajamos longe d’Ele. «Mas Eu hei-de ver-vos de novo; e
o vosso coração alegrar-se-á e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria»
(v. 22).
Doravante a esperança que assim nos dá Aquele que é fiel às Suas promessas
não nos deixa totalmente sem alegria, até ficarmos cheios da alegria
transbordante do dia em que «seremos semelhantes a Ele porque O veremos
como Ele é» (1Jo 3,2), e em que «ninguém nos poderá tirar a nossa alegria».
[...] «Uma mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza porque é
chegada a sua hora. Mas depois de ter dado à luz o menino já não se lembra
da aflição, pelo prazer de ter vindo ao mundo um homem» (Jo 16,21). É esta
alegria que ninguém nos pode tirar e de que ficaremos repletos quando
passarmos da presente concepção da fé para a luz eterna. Jejuemos então
agora e oremos, porque nos encontramos nos dias do parto.
fonte: www.evangelhoquotidiano.org

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